Bomba: Pressão de João Maia sobre Walter Alves poderá provocar o ‘estouro da boiada’; entenda o que pode estar acontecendo
23/12/2025

Foto: Reprodução
Quem conhece um pouco de articulação política sabe perfeitamente que o silêncio e a surpresa são esteios que sustentam qualquer projeto político para o futuro. A pressão dada ao vice-governador Walter Alves (MDB) pelo deputado federal João Maia (PP), quando o parlamentar potiguar disse que o combinado é o vice- governador não assumir o governo, indicar o vice de Allyson Bezerra (União Brasil) e que não se pode esconder mais isso, é a demonstração de que o cenário não é o que parece ser.
João Maia escancara o projeto do vice-governador exatamente no momento em que Walter Alves tenta preparar o eleitor potiguar para aceitar o novo fato na política do RN. Walter está em peregrinação pelo interior do estado conversando com prefeitos e aliados do MDB, dizendo que está ouvindo a ‘base’ para uma tomada de decisão sobre o pleito de 2026 e, até aí, tudo perfeito, tudo conforme o combinado, porém alguma coisa para João Maia está saindo do lugar, talvez seja a questão da indicação do vice de Allison, que João Maia quer para o grupo político dele e o MDB, nas negociações, possa entregar para outro grupo político, podendo ser inclusive indicado o nome do deputado estadual Hermano Moraes (PV).

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Hermano seria o nome indicado pelo MDB para vice-governador e Walter Alves herdaria o grupo político de Moraes para retornar à Assembleia Legislativa, podendo ser o o presidente da ALRN na próxima legislatura, porém esse projeto esbarra no deputado estadual Kleber Bezerra (PSDB), que também arquiteta governar o Legislativo potiguar.
Esse cenário inquietou João Maia, que pretende ingressar no MDB levando o mandato de deputado federal que o partido do vice-governador não tem na Câmara Federal em nome do RN, ladeado de vinte prefeitos e algumas dezenas de vereadores. Esse poder político dá a João Maia o direito de sentar na mesa para discutir a indicação do nome para compor chapa com Allyson Bezerra na chapa majoritária, e o possível nome do grupo de João Maia seria Shirley Targino, esposa do parlamentar e ex-prefeita de Messias Targino. Para isso acontecer, um dos ‘acordos’ é João Maia e sua turma migrarem para o MDB de Walter Alves. Perfeito.

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Como a possível indicação de um nome da base de João Maia para compor chapa com Allyson não está 100% combinada, o federal potiguar quebrou o silêncio, acabou com a surpresa de Walter Alves, acendeu a luz vermelha no Governo Fátima Bezerra (PT) e a partir de agora Walter e sua turma vão passar a conviver com outra realidade, perdendo inclusive as regalias e o poder da caneta do Governo do Estado. Isso inclui até Walter Alves deixar de abrir portas e falar em nome do Governo Fátima Bezerra nos corredores de Brasília.

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A pressão de João Maia também afeta os deputados governistas que estavam conversando com Walter Alves, todos com cargos e regalias na máquina pública estadual, que a partir de hoje terão seus passos vigiados pela turma da governadora Fátima Bezerra.
João Maia sabe mais do que ninguém que nenhum deputado governista sobrevive sem os espaços no governo, faltando tanto tempo ainda para outubro de 2026. Agora, conversar com Walter Alves sobre 2026 é segredo de estado. Até mesmo para prefeitos de municípios parceiros da governadora Fátima Bezerra.
No popular, João Maia “espalhou a brasa” e todos a partir de então estão sendo monitorados.
Nesse cenário, João Maia afastou mais do que agregou. O grito desesperado para Walter Alves escancarar o rompimento político com a governadora Fátima Bezerra, antes do tempo, poderá provocar o ‘estouro da boiada’ política governista, além de deixar a governadora na condição de vítima de traição política.
Nesse mesmo cenário, os ocupantes de cargos indicados pelos deputados futuros emedebistas estão vivendo a incerteza do amanhã, graças a pressão fora de hora do deputado João Maia.
Fonte: Blog de Daltro Emerenciano
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