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Queda de 10 metros e rajada de vento: Ex-deputado federal Rafael Motta detalha acidente com kitesurfe em Natal; ‘Estar vivo é muito bom’

04/10/2025

Rafael Motta contou que pela experiência que tem de mais de duas décadas no kitesurfe se sentia seguro na prática.

“Eu velejo há mais de 20 anos. Então, eu tenho o total domínio do que eu estava fazendo. Mas as coisas nem sempre estão no nosso controle. São lições que a gente aprende”, disse.

De volta a Natal após ficar internado em uma UTI em São Paulo, o ex-deputado Rafael Motta contou, em entrevista exclusiva à Inter TV, detalhes do acidente com o kitesurfe ocorrido na Praia do Forte, na Zona Leste da capital potiguar, em 22 de agosto.

O político ficou em coma induzido por 12 dias – de 22 de agosto até o dia 2 de setembro – e passou por seis cirurgias após sofrer múltiplas fraturas. Ele iniciou o tratamento e Natal e foi transferido em uma UTI aérea para São Paulo.

Rafael Motta contou que no dia do acidente ventava bastante na Praia do Forte, o que é considerado bom para a prática do esporte, mas que acabou atingido por uma rajada “muito forte” durante um salto que realizou. Ele disse que caiu de uma altura de 10 metros.

“Eu tinha dado um salto, só que na hora desse salto eu senti que deu uma rajada de vento muito forte. E esse mesmo vento, essa rajada, me jogou para a areia. Na hora que me jogou para a areia, eu ainda tentei dominar o kite para voltar para a água, só que eu percebi que não ia conseguir”, disse em entrevista à Inter TV.

“Foi um impacto muito violento, porque eu vim de uma altura de quase 10 metros de altura e percorri 60 metros de distância. Então, foi um impacto tanto forte da queda quanto da energia que me levou para frente”, completou.

Na primeira queda, o ex-deputado contou que conseguiu se proteger um pouco utilizando o braço, que também sofreu fraturas.

“Um colega nosso foi me ajudar a sair do equipamento, só que ele estava aprendendo, obviamente, e jogou a pipa para o outro lado. Aí eu tive uma segunda queda, já desacordado”, lembrou

Rafael contou que foi colocado em uma prancha, que funcionou como uma maca improvisada, e, em seguida, foi levado para próximo à pista para ser resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

“Por outro milagre, digo eu, tinha um médico socorrista lá, que velejava de caiaque, que estava indo embora, viu a movimentação e acabou fazendo o primeiro atendimento”.

Rafael Motta contou que tem apenas “flashes” do resgate, mas que chegou ao hospital consciente. “Eu me lembro que eu tinha dificuldade de respirar, mas dor em nenhum momento”, falou.

O ex-deputado federal contou que teve recordações mesmo durante o coma. “Por exemplo, eu me lembro de ter ouvido o barulho do resgate aéreo que me levou para São Paulo, do cheiro do combustível”.

Rafael Motta sofreu múltiplas fraturas, incluindo em três vértebras. Ele contou que, segundo o médico que realizou a cirurgia na coluna cervical, “faltou literalmente 1 milímetro para que eu não tivesse de cadeira de rodas”.

Para o ex-parlamentar, as fraturas que ele teve nessa região do peito ocorreram devido ao cinturão de usado na prática do kitesurfe.

“Eu tenho certeza que foi o equipamento que me machucou. Nós andamos com uma espécie de cinturão, que tem um gancho, e eu tenho certeza que esse gancho acabou entrando no meu peito e aí rompeu o esterno, rompeu o brônquio que é, grosseiramente falando, a tubulação que leva o ar para o nosso pulmão”, disse.

 

 

 

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