Diretora do Banco Central dos EUA desafia Donald Trump e diz que fica no cargo
27/08/2025

Foto: Reprodução
A diretora do FED (Federal Reserve), o Banco Central, dos Estados Unidos garantiu que não sairá do cargo após ser demitida por Donald Trump nessa segunda-feira (25). Ela afirmou que o republicano não tem autoridade suficiente para dispensá-la. Lisa Cook já havia resistido à pressão da Casa Branca para renunciar.
Em comunicado divulgado por seu advogado Cook afirmou que “não há motivo legal” para a demissão anunciada por Trump. “Vou continuar a cumprir minhas funções para auxiliar a economia americana, como venho fazendo desde 2022”, complementou a diretora do FED.
Lisa Cook votou a favor da manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos. Ela foi uma das integrantes favoráveis a permanência da taxação entre 4,25% e 4,5% no ano, com a pressão do presidente norte-americano se voltando contra a diretora depois da última reunião da autoridade monetária.
Entenda o caso
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa segunda-feira (25) a demissão de Lisa Cook, diretora do conselho de governadores do Federal Reserve (Fed). A decisão foi comunicada por meio das redes sociais do republicano e teve efeito imediato. O anúncio amplia a pressão de Trump sobre a instituição, responsável pela política monetária do país.
Em carta direcionada a Cook, Trump afirmou que não confia na integridade da economista, mencionando uma denúncia criminal que aponta supostas irregularidades em contratos de hipoteca. O documento, publicado publicamente pelo presidente, alegava que a diretora poderia ter cometido fraude hipotecária.
Cook foi a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Fed. A economista havia declarado na semana passada que não tinha a intenção de renunciar, mesmo após o presidente afirmar que iria demiti-la caso ela não deixasse o cargo de forma voluntária. A decisão, confirmada nesta segunda, interrompe a sua trajetória no comando da política monetária norte-americana.
No comunicado, Trump afirmou que existem “motivos suficientes” para acreditar que Cook fez declarações falsas em contratos distintos. Segundo ele, a diretora teria indicado uma propriedade em Michigan como residência principal e, duas semanas depois, assinado outro documento declarando que uma casa na Geórgia seria sua moradia oficial no ano seguinte. Para o presidente, essa conduta caracteriza negligência grave e compromete a confiabilidade da integrante do Fed.
O republicano justificou a medida amparado no Artigo II da Constituição dos Estados Unidos e no Ato do Federal Reserve de 1913, que prevê a possibilidade de destituição de membros do conselho “por justa causa”.
Band News
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