Esporte

Samara, craque potiguar do handebol, anuncia novos projetos

29/06/2025

Samara Vieira já jogou em vários países, entre eles Portugal | Foto: Benfica Handebol

Pedro Henrique Dias

Samara Vieira conquistou quase tudo na sua carreira como jogadora de handebol. A natalense já jogou em todos os continentes, sabe falar vários idiomas e já tem duas olimpíadas – representando o Brasil – nas costas. No entanto, ela ainda está inquieta. Samara está com um projeto social chamado “Anjos da Bola 1912”, voltado para crianças no município de Touros, no litoral Norte do Rio Grande do Norte.

Antes de vencer as barreiras e ganhar destaque dentro do esporte, a atleta teve uma carreira diferenciada das demais atletas da região. Aos 16 anos de idade, saiu de Natal para a Espanha – sem passar pelos times do sul e sudeste do país, onde a prática do esporte é mais forte. “Eu fiz um contrato de cinco anos na Espanha, depois eu fui para a Itália. Logo em seguida, voltei para o Brasil, onde joguei no Vasco da Gama e no Caxias do Sul. Fui para Alemanha, Turquia, Romênia, Eslovênia, Egito e Portugal”, detalhou.

Apesar dessa experiência e vivência, ela admite que o projeto do clube é o que chama mais atenção para embarcar e jogar nesses países tão diferentes do Brasil. “Eu vou muito pelo propósito, e não porque o país é bonito e legal. Todas as minhas equipes eu venho colocando muito no caminho de Deus. Que Deus me leve para clubes e lugares que fazem eu ficar perto dele”, explicou.

A primeira olimpíada disputada por Samara foi em Tóquio, em 2021. A seleção brasileira feminina de handebol não conseguiu se classificar para a fase de mata-mata e ficou na última colocação do grupo B.

A campanha não foi o esperado. Entretanto, para Samara foi uma de suas melhores experiências que teve como atleta. “Para mim foi lindo. Estive em Tóquio, em 2021. Tive uma comunicação muito legal com o treinador da época (Jorge Duenãs). Foi um treinador que conseguiu sacar o meu melhor naquele momento”, lembrou. “Quem imaginava que eu ia sair de Natal para estar em Tóquio. Geralmente, tem que sair de sua cidade e ir para São Paulo. Eu fiz o caminho inverso”, completou.

Em 2024, em Paris, Samara foi convocada como suplente e chegou a entrar em um dos jogos da seleção brasileira após a lesão da armadora Giulia Guarieiro. A campanha da seleção foi melhor. As meninas chegaram na fase de mata-mata, mas perderam para a fortíssima equipe da Noruega. “Para todo atleta, a olimpíada é o topo. Foi a maior experiência que eu tive”, revelou.

Durante suas férias, Samara sempre vem visitar sua família em Natal e ajudar seu projeto social esportivo de futebol lá em Touros. Depois de muitas medalhas no peito e experiências em outros países, o foco dela agora é ajudar o próximo. “O meu maior desejo pessoal é mudar a vida das pessoas. Já tive pessoas que tentaram mudar a minha vida quando eu comecei aqui em Natal. A minha missão aqui na Terra é poder ajudar os pequenos”, expressou.

“A gente começou com seis crianças, hoje tem 220 crianças praticando futebol. Depois de captar os recursos, quero implementar o handebol e o voleibol também. Cada modalidade vai aparecer no tempo certo”, explicou.

No entanto, para desenvolver cada vez mais o projeto, é necessário apoio de empresas para colocar esses recursos. Samara explica como é possível ajudar. “É um projeto grande, temos muita ambição no futuro. Infelizmente, agora a gente não está conseguindo chegar aonde nós queremos. Temos um valor para captar. Estamos esperando que as empresas possam investir. Qualquer coisa pode falar no meu instagram @Samyvieira02 ou na página anjosdabola1912”, indicou.

Segundo informações da Polícia Rodoviária Estadual, uma outra pessoa que estava no veículo também morreu. Ainda segundo as autoridades, José Edmilson estava dirigindo um caminhão que carregava milho.

Mais quatro pessoas que estavam no veículo foram socorridas e levadas para o hospital.

 

Tribuna do Norte

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Ótica Rodrigues - João Câmara/RN