Autópsia aponta que brasileira sofreu trauma contundente e morreu de hemorragia pouco depois de queda na Indonésia: “Encontramos fraturas no tórax, ombro, coluna e perna”
28/06/2025
Juliana Marins — Foto: Reprodução
A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, morreu cerca de 20 minutos após cair em uma encosta íngreme no Monte Rinjani, na Indonésia, segundo conclusão do laudo de autópsia divulgado por médicos forenses do Hospital Bali Mandara, nesta sexta-feira. A causa da morte foi um trauma torácico grave provocado por impacto de “violência contundente”, o que teria provocado grande hemorragia interna e danos irreversíveis aos órgãos respiratórios.
— Os ferimentos mais graves estavam no tórax, especialmente na parte de trás do corpo, onde o impacto comprometeu órgãos internos ligados à respiração — afirmou o médico legista Ida Bagus Putu Alit, em entrevista coletiva. De acordo com ele, Juliana sofreu também escoriações generalizadas nas costas e nos membros superiores e inferiores, além de ferimentos na região da cabeça.
“Encontramos arranhões e escoriações, assim como fraturas no tórax, ombro, coluna e perna. Essas fraturas ósseas causaram danos a órgãos internos e sangramento”, afirmou o especialista da Indonésia, descartando a possibilidade de hipotermia.
O especialista informou que, com base nas características dos ferimentos, Juliana teria morrido em até 20 minutos após a queda, e não há indícios de que ela tenha sobrevivido por longos períodos, como chegou a se cogitar durante a operação de resgate.
— Estimamos que, no máximo, 20 minutos depois do trauma, ela já não apresentava mais sinais vitais. Não há sinais de hipotermia ou sofrimento prolongado após a lesão. A causa direta da morte foi o impacto e a quantidade de sangue acumulado dentro da cavidade torácica — explicou Alit.
A hipótese de morte por hipotermia, inicialmente levantada por conta das roupas leves que Juliana vestia — apenas calça jeans, camiseta, luvas e tênis — foi descartada com base na análise dos tecidos corporais.
— Não havia os sinais clássicos de hipotermia, como necrose nas extremidades ou coloração escura nos dedos. Isso nos permite afirmar com segurança que a hipotermia não foi a causa — detalhou o perito.
Estadão/O Globo
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