Mundo
Asteroide do tamanho de um ônibus passa perto da Terra nesta quarta
03/09/2025
Foto: Divulgação/Nasa
Um asteroide do tamanho de um ônibus, chamado 2025 QV5, passará próximo à Terra nesta quarta-feira (3), a cerca de 805 mil quilômetros de distância — aproximadamente o dobro da distância entre a Terra e a Lua.
Descoberto em 24 de agosto, o asteroide tem 11 metros de diâmetro e viaja a mais de 22.400 km/h, segundo o Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
A rocha espacial não representa risco de colisão com a Terra e, mesmo se entrasse em rota de impacto, grande parte dela se desintegraria na atmosfera, de acordo com a agência espacial.
R7
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Trump acusa Xi, Putin e Kim Jong-un de “conspirar contra os EUA”
03/09/2025
Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
O dos Estados Unidos, Donald Trump, usou sua rede social Truth Social nesta terça-feira (2) para comentar o desfile militar promovido pela China em Pequim, evento que reúne mais de duas dezenas de líderes mundiais, entre eles o presidente russo Vladimir Putin e o líder norte-coreano Kim Jong-un.
Na publicação, Trump disse esperar que Xi Jinping mencione a contribuição dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.
“Muitos americanos morreram na busca da China por Vitória e Glória. Espero que sejam devidamente homenageados e lembrados por sua bravura e sacrifício!”, escreveu.
Em tom irônico, o republicano ainda pediu que seus “cumprimentos calorosos” fossem transmitidos a Putin e Kim “enquanto conspiram contra os Estados Unidos”.
O desfile comandado por Xi ocorre na Avenida da Paz Eterna, em Pequim, com exibição de armas hipersônicas, mísseis nucleares e drones. O evento encerra três dias de agenda intensa do líder chinês, que recebeu líderes da Ásia e do Oriente Médio em uma cúpula voltada a reforçar sua visão de uma nova ordem mundial.
A lista de convidados do presidente chinês inclui chefes de Estado que, segundo estrategistas em Washington, formam um “eixo de perturbação” contra os interesses americanos, como Putin, Kim e o presidente iraniano, MasoudPezeshkian. Para analistas ocidentais, o encontro simboliza a crescente disposição da China em desafiar o Ocidente em diferentes frentes.
CNN
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Tarifaço: Governo Trump faz audiência com setor privado na investigação sobre Pix e 25 de Março
03/09/2025
Foto: AL DRAGO/EFE/EPA
O governo dos Estados Unidos realiza nesta quarta-feira, 3, em Washington, uma audiência pública da investigação aberta contra o Brasil por supostas práticas comerciais desleais, a chamada Seção 301. O processo foi determinado pelo presidente Donald Trump em 9 de julho, na carta de anúncio do tarifaço de 50% sobre as exportações nacionais.
A investigação foi aberta com acusações sobre atos, políticas e práticas do Brasil relacionadas ao comércio digital e serviços de pagamento eletrônico (incluindo o Pix), tarifas preferenciais injustas, aplicação da lei anti-corrupção, proteção de propriedade intelectual (caso da 25 de Março, tida como um mercado de produtos piratas), acesso ao mercado do etanol e desmatamento ilegal.
A audiência começa às 11h no horário de Brasília. Embora seja pública, não haverá transmissão por parte do governo americano. Fotografias e gravações são proibidas.
O Escritório do Representante Comercial dos EUA (USTR), responsável por conduzir a apuração, deu início ao processo no dia 15 de julho e organizou a sessão pública para ouvir agentes do setor privado americano e brasileiro, bem como outros interessados em se manifestar sobre as medidas comerciais contra o País.
O USTR é chefiado pelo embaixador JamiesonGreer. Ele vinha sendo um dos interlocutores do governo Trump com o País e fez reuniões com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O Estadão apurou que o governo brasileiro vai acompanhar a audiência, mas não pediu para se pronunciar. No último dia 18, o governo Lula enviou um calhamaço de comentários por escrito como defesa, no qual refutou as acusações de concorrência desleal e afirmou não reconhecer a legitimidade da apuração com base na Seção 301 da Lei de Comércio dos EUA, de 1974.
Segundo dois embaixadores, governos estrangeiros não costumam fazer intervenções nessa fase, e não faria sentido discursar presencialmente se a legitimidade do processo foi questionada.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva decidiu abrir um processo e pedir consultas com os americanos perante a Organização Mundial do Comércio (OMC), em Genebra, na Suíça.
O Ministério da Defesa do Brasil vai acompanhar in loco a audiência pública, por meio do adido adjunto de Defesa e Aeronáutica, coronel Daniel Lames de Araújo. Ele indicou que pretende apenas observar as discussões para tomar ciência de impactos das medidas da Seção 301 sobre contratos do ministério. Os EUA são o principal fornecedor de equipamento militar para as Forças Armadas brasileiras.
Essa fase da investigação é prevista na lei americana e constitui uma espécie de consulta a interessados dos dois lados, mas não serve para anunciar a tomada de decisão final.
A audiência é uma fase de instrução para que os interessados forneçam dados e argumentos para embasar ou refutar as alegações e assim subsidiar a futura decisão do USTR. O órgão pode determinar a imposição de tarifas e outras medidas restritivas como resposta.
Estadão
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Mulher transgênero é transferida de presídio após engravidar duas presas nos EUA
03/09/2025
Foto: reprodução
Uma mulher transgénero, detida em uma prisão feminina de Nova Jersey, nos Estados Unidos, engravidou duas outras prisioneiras, levando as autoridades a transferi-la a uma outra instalação, conforme revelou um relatório no ultimo sábado (16).
Demi Minor, de 27 anos, cumpre pena de 30 anos por homicídio culposo e foi transferida do Presidio Feminino Edna Mahan para o Presidio Juvenil Garden State, uma prisão para jovens adultos no condado de Burlington, segundo um porta-voz do Departamento de Correções de Nova Jersey.
O site “Justice 4 Demi” publicou em 15 de julho que a detenta reclama de estar em uma prisão masculina e que corre risco de suicídio. “Os jovens presos são imaturos e simplesmente ignorantes em relação a uma pessoa como eu”, disse Minor. “Eles me chamam de ‘ele’. Não me tratavam assim, como homem, ha? anos”.
Alfinetei
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Trump diz que EUA atiraram contra embarcação da Venezuela carregada com drogas
02/09/2025
Foto: Reuters/Getty Images
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (2) que militares americanos atingiram uma embarcação da Venezuela carregada com drogas. Já o secretário de Estado americano, Marco Rubio, disse que as Forças Armadas conduziram um “ataque letal”.
A declaração ocorre em meio a uma escalada de tensões entre EUA e Venezuela. O governo norte-americano enviou navios de guerra, um submarino e aviões espiões para o sul do Caribe. A Casa Branca alega que a operação tem como objetivo combater o tráfico de drogas.
Trump afirmou que o barco “foi abatido” nesta terça-feira. Ele não deixou claro de quem era a embarcação e apenas disse ela que havia partido da Venezuela.
“Temos muitas drogas entrando em nosso país, entrando há muito tempo, e essas vieram da Venezuela, saindo de lá, em grande quantidade. Muitas coisas estão saindo da Venezuela”, disse o presidente.
G1
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Governo Trump prepara novas medidas contra o Brasil
02/09/2025
Foto: REUTERS/Kevin Lamarque
Os Estados Unidos preparam medidas contra o Banco do Brasil e contra as importações da Rússia, além de contestação dos argumentos do governo e das empresas brasileiras em relação à tarifa de 50%.
As informações são de diversas fontes consultadas pela CNN em Washington. A situação é fluida e depende do presidente Donald Trump, que pode mudar de planos.
Na tarde desta segunda-feira (1º), a sanção mais iminente parece ser contra o BB (Banco do Brasil), segundo o relato de uma dessas fontes. O contexto é o do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, nessa terça-feira (2).
Ao aplicar a Lei Magnitsky, em 30 de julho, o Departamento do Tesouro americano se municiou para punir com sanções econômicas instituições que prestem serviços ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No dia 18 de agosto, o ministro Flavio Dino, também do STF, determinou, ao julgar outro caso, que “leis, decisões judiciais, decretos ou ordens executivas de outros países não têm eficácia no Brasil a não ser que sejam homologados pela Justiça brasileira ou aprovados conforme a Constituição e as leis nacionais”.
No dia seguinte, o BB emitiu comunicado afirmando que “atua em plena conformidade à legislação brasileira, às normas dos mais de 20 países onde está presente e aos padrões internacionais que regem o sistema financeiro”, e acrescentou que “está preparado para lidar com temas complexos e sensíveis que envolvem regulamentações globais”.
Em 21 de agosto, uma instituição financeira cancelou o cartão Mastercard do ministro, segundo informações do mercado. No mesmo dia, o BB teria oferecido a Moraes um cartão da bandeira brasileira Elo. Essa é a justificativa para o Tesouro americano adotar medidas contra o banco estatal.
Nesses casos, os EUA costumam impor multas aos “transgressores”. O caso mais notório foi o do banco francês BNP Paribas , acusado de violar sanções americanas ao transacionar bilhões de dólares com entidades sancionadas do Sudão, Irã e Cuba. Em julho de 2014, o BNP Paribas se declarou culpado e foi condenado a pagar US$?9?bilhões em multas, e a cinco anos de liberdade condicional corporativa.
Já o banco britânico Standard Chartered foi multado três vezes. Em 2012, o regulador do estado de Nova York (DFS) acusou o banco de ocultar transações com o Irã, impondo multa de US$?340?milhões. Uma nova condenação, por negócios com Irã, Mianmar, Líbia e Sudão, levou a outra multa, de US$?327?milhões.
Em 2019, o Standard Chartered foi multado mais uma vez, em US$?1,1?bilhão, por causa de negócios com Mianmar, Zimbábue, Cuba, Sudão, Síria e Irã, e deficiências nos controles de lavagem de dinheiro.
CNN
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EUA podem reagir com sanções em tempo real durante julgamento de Jair Bolsonaro
31/08/2025
Em que pese a importância dos assuntos em debate, julgamentos do Supremo Tribunal Federal no Brasil não costumam mobilizar o governo dos Estados Unidos. É ainda mais raro que as discussões televisionadas da Corte sejam acompanhadas em tempo real por Washington.
Mas é exatamente isso o que acontecerá a partir do próximo dia 2, quando começa o julgamento por tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
Fontes da administração Trump disseram reservadamente à coluna da jornalista Mariana Sanches, no UOL, que acompanharão “de perto” as audiências.
Não só isso: afirmaram ainda que existe uma lista de opções em termos de “sanções e tarifas” contra o Brasil que poderão ser acionadas pelo presidente Donald Trump em tempo real, conforme os ministros da primeira turma do STF indiquem qual será o destino do ex-presidente brasileiro.
O exato teor dessas medidas, no entanto, não foi revelado pelas fontes, que disseram que sua entrada em vigor dependeria inteiramente da decisão de Trump. A coluna apurou que há em discussão na burocracia de Washington a possibilidade de novas rodadas de cassação de vistos a autoridades brasileiras, sanções financeiras a outros integrantes do STF e uma nova edição da lista de itens brasileiros excluídos do tarifaço de 50% em vigor desde o último dia 6.
Nem a Casa Branca e nem o Departamento de Estado responderam à consulta formal da coluna sobre a possibilidade de que novas medidas contra o Brasil possam se materializar a depender do resultado do processo. Em carta na qual anunciava um tarifaço de 50% contra o Brasil, Trump afirmou que entre suas motivações para a taxa estava o julgamento de Bolsonaro, ao qual chamou de “caça às bruxas”, e exigiu sua interrupção “imediatamente”.
Há algumas semanas, o presidente americano aproveitou a presença da imprensa brasileira na Casa Branca para questionar o andamento processual do caso de Bolsonaro, e repetiu que ele era “um homem honesto”. Não existe atualmente uma negociação comercial entre os dois países, já que a Casa Branca condiciona qualquer acordo tarifário à discussão sobre a situação judicial do ex-presidente.
Segundo o comentarista político Paulo Figueiredo, ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram convidados por pessoas ligadas à gestão Trump a ir a Washington durante o julgamento —chegarão à capital americana na próxima quarta, dia 3, segundo dia do julgamento, que deve se estender até o dia 12.
De acordo com Eduardo, a viagem servirá também para abastecer a Casa Branca com informações sobre o status judicial de seu pai e as discussões na corte. Eduardo e Figueiredo se negaram a revelar quem serão seus interlocutores e qual será o teor das reuniões que terão na capital dos EUA.
Ambos têm liderado uma campanha por punições ao Brasil que, segundo eles, possam forçar o país a aprovar uma anistia a Bolsonaro e seus aliados. Até agora, os esforços da dupla contribuíram para o anúncio da tarifa de 50%, de uma investigação por supostas práticas desleais de comércio do Brasil, de restrições de visto a ministros do STF e da gestão Lula e da imposição das sanções financeiras da Lei Global Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro.
Um dos mais importantes aliados de Figueiredo e Eduardo, o ex-porta-voz de Trump e ex-estrategista nas três campanhas presidenciais do republicano, Jason Miller, afirmou há alguns dias no podcast “Ask Dr. Drew” que foi detido por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes no aeroporto de Brasília em 2021.
“E agora o exato mesmo juiz está acusando o presidente Bolsonaro com algo que o colocaria na prisão pelos próximos 35 anos”, disse Miller, para quem Trump está tentando interromper “práticas antidemocráticas” no Brasil.
Embora não tenha cargo formal na gestão Trump, Miller segue sendo um auxiliar influente do republicano. No mesmo programa ele se mostrou informado sobre a tentativa da oposição de aprovar a PEC da Blindagem e se disse muito próximo a Eduardo Bolsonaro. Miller não respondeu aos pedidos de comentário da coluna.
A gestão Trump tem se revelado convencida de que o apoio à família Bolsonaro é seu melhor caminho para disputar a liderança do Brasil nas eleições do país em 2026. Os bolsonaristas se aproximaram do grupo de Trump há quase uma década. Em mensagens trocadas com o pai e reveladas em um recente relatório da Polícia Federal, Eduardo admitiu ter trabalhado contra nomes alternativos na direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. À coluna, o ideólogo do movimento trumpista MAGA (Make America Great Again) diz ver em Eduardo o herdeiro para o movimento bolsonarista. Um senador do Centrão, integrante da comitiva que foi recentemente a Washington negociar tarifas, relatou à coluna ter ouvido a mesma coisa de empresários com acesso à Casa Branca.
O governo Lula está ciente do risco de uma nova escalada na crise na relação bilateral durante o julgamento. Um embaixador do Brasil com conhecimento das atuais relações entre Brasil e EUA afirmou à coluna que, como negociar com a independência do Judiciário jamais foi uma opção, o país se prepara para mitigar os eventuais danos de uma nova rodada de punições de Washington. Mas que, dada a imprevisibilidade de Trump, é difícil apostar quais poderiam ser elas.
Por Mariana Sanches /UOL/Fotos: Anna Moneymaker/Getty Images e Igo Estrela/MetrópolesEm que pese a importância dos assuntos em debate, julgamentos do Supremo Tribunal Federal no Brasil não costumam mobilizar o governo dos Estados Unidos. É ainda mais raro que as discussões televisionadas da Corte sejam acompanhadas em tempo real por Washington.
Mas é exatamente isso o que acontecerá a partir do próximo dia 2, quando começa o julgamento por tentativa de golpe de Estado do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF.
Fontes da administração Trump disseram reservadamente à coluna da jornalista Mariana Sanches, no UOL, que acompanharão “de perto” as audiências.
Não só isso: afirmaram ainda que existe uma lista de opções em termos de “sanções e tarifas” contra o Brasil que poderão ser acionadas pelo presidente Donald Trump em tempo real, conforme os ministros da primeira turma do STF indiquem qual será o destino do ex-presidente brasileiro.
O exato teor dessas medidas, no entanto, não foi revelado pelas fontes, que disseram que sua entrada em vigor dependeria inteiramente da decisão de Trump. A coluna apurou que há em discussão na burocracia de Washington a possibilidade de novas rodadas de cassação de vistos a autoridades brasileiras, sanções financeiras a outros integrantes do STF e uma nova edição da lista de itens brasileiros excluídos do tarifaço de 50% em vigor desde o último dia 6.
Nem a Casa Branca e nem o Departamento de Estado responderam à consulta formal da coluna sobre a possibilidade de que novas medidas contra o Brasil possam se materializar a depender do resultado do processo. Em carta na qual anunciava um tarifaço de 50% contra o Brasil, Trump afirmou que entre suas motivações para a taxa estava o julgamento de Bolsonaro, ao qual chamou de “caça às bruxas”, e exigiu sua interrupção “imediatamente”.
Há algumas semanas, o presidente americano aproveitou a presença da imprensa brasileira na Casa Branca para questionar o andamento processual do caso de Bolsonaro, e repetiu que ele era “um homem honesto”. Não existe atualmente uma negociação comercial entre os dois países, já que a Casa Branca condiciona qualquer acordo tarifário à discussão sobre a situação judicial do ex-presidente.
Segundo o comentarista político Paulo Figueiredo, ele e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) foram convidados por pessoas ligadas à gestão Trump a ir a Washington durante o julgamento —chegarão à capital americana na próxima quarta, dia 3, segundo dia do julgamento, que deve se estender até o dia 12.
De acordo com Eduardo, a viagem servirá também para abastecer a Casa Branca com informações sobre o status judicial de seu pai e as discussões na corte. Eduardo e Figueiredo se negaram a revelar quem serão seus interlocutores e qual será o teor das reuniões que terão na capital dos EUA.
Ambos têm liderado uma campanha por punições ao Brasil que, segundo eles, possam forçar o país a aprovar uma anistia a Bolsonaro e seus aliados. Até agora, os esforços da dupla contribuíram para o anúncio da tarifa de 50%, de uma investigação por supostas práticas desleais de comércio do Brasil, de restrições de visto a ministros do STF e da gestão Lula e da imposição das sanções financeiras da Lei Global Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso de Bolsonaro.
Um dos mais importantes aliados de Figueiredo e Eduardo, o ex-porta-voz de Trump e ex-estrategista nas três campanhas presidenciais do republicano, Jason Miller, afirmou há alguns dias no podcast “Ask Dr. Drew” que foi detido por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes no aeroporto de Brasília em 2021.
“E agora o exato mesmo juiz está acusando o presidente Bolsonaro com algo que o colocaria na prisão pelos próximos 35 anos”, disse Miller, para quem Trump está tentando interromper “práticas antidemocráticas” no Brasil.
Embora não tenha cargo formal na gestão Trump, Miller segue sendo um auxiliar influente do republicano. No mesmo programa ele se mostrou informado sobre a tentativa da oposição de aprovar a PEC da Blindagem e se disse muito próximo a Eduardo Bolsonaro. Miller não respondeu aos pedidos de comentário da coluna.
A gestão Trump tem se revelado convencida de que o apoio à família Bolsonaro é seu melhor caminho para disputar a liderança do Brasil nas eleições do país em 2026. Os bolsonaristas se aproximaram do grupo de Trump há quase uma década. Em mensagens trocadas com o pai e reveladas em um recente relatório da Polícia Federal, Eduardo admitiu ter trabalhado contra nomes alternativos na direita, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. À coluna, o ideólogo do movimento trumpista MAGA (Make America Great Again) diz ver em Eduardo o herdeiro para o movimento bolsonarista. Um senador do Centrão, integrante da comitiva que foi recentemente a Washington negociar tarifas, relatou à coluna ter ouvido a mesma coisa de empresários com acesso à Casa Branca.
O governo Lula está ciente do risco de uma nova escalada na crise na relação bilateral durante o julgamento. Um embaixador do Brasil com conhecimento das atuais relações entre Brasil e EUA afirmou à coluna que, como negociar com a independência do Judiciário jamais foi uma opção, o país se prepara para mitigar os eventuais danos de uma nova rodada de punições de Washington. Mas que, dada a imprevisibilidade de Trump, é difícil apostar quais poderiam ser elas.
Por Mariana Sanches /UOL/Fotos: Anna Moneymaker/Getty Images e Igo Estrela/Metrópoles
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Aos 79 anos, Donald Trump está vivo: Presidente dos EUA aparece no Clube de Golfe desmentindo rumores sobre sua saúde
31/08/2025
Foto: Reprodução
A Casa Branca anunciou, no início da madrugada deste sábado (30), o cancelamento de todos os compromissos do presidente Donald Trump, 79 anos, previstos para os próximos dias. A decisão acabou ampliando os rumores de que o republicano teria morrido, hipótese que circulou com força nas redes sociais.
Na manhã deste sábado, Donald Trump foi flagrado a caminho de uma partida de golfe em seu resort localizado na Virgínia, após rumores de que teria morrido.
Segundo o governo, o cancelamento da agenda presidencial se deve a questões médicas e de descanso, sem qualquer relação com os rumores de morte.
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Foto: Reprodução/X/Foto 2: AFP
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Cada voto, uma Magnitsky; Trump deve aplicar Magnitsky para cada ministro que votar pela condenação de Bolsonaro
30/08/2025
Foto: Reprodução/X Antonio Augusto/STF
Os Estados Unidos se preparam para aplicar a Lei Magnitsky contra ministros do Supremo Tribunal Federal que possam votar pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro. A movimentação deve começar já na próxima semana, com declarações públicas de autoridades norte-americanas.
Segundo fontes ligadas ao governo dos EUA, o vice-secretário de Estado, Christopher Landau, e o secretário de Estado, Marco Rubio, devem se manifestar na rede X sinalizando a possibilidade de aplicar sanções da Lei Magnitsky contra magistrados brasileiros. O alvo principal seriam integrantes da Primeira Turma do Supremo, responsável pelo julgamento de Bolsonaro.
Em resposta, a Advocacia-Geral da União já iniciou conversas com um escritório de advocacia contratado nos EUA para avaliar estratégias de defesa e eventuais recursos no Judiciário norte-americano. Apesar da pressão, o ministro Alexandre de Moraes tem defendido, por ora, uma saída diplomática, apostando na atuação do Itamaraty para conter a escalada da crise.
Band News
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Eduardo Bolsonaro acompanhará julgamento do pai direto da Casa Branca a convite do presidente Trump
29/08/2025
Foto: reprodução
Eduardo Bolsonaro , deputado federal licenciado pelo PL-SP, foi convidado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , para acompanhar o julgamento de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, diretamente da Casa Branca.
O julgamento, marcado para 2 de setembro de 2025 no Supremo Tribunal Federal (STF), apura suposta tentativa de golpe de Estado, entre outros supostos crimes, como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
Eduardo, que está nos EUA desde março, intensificou sua articulação com autoridades americanas, incluindo encontros com parlamentares e membros do governo Trump, para pressionar por sanções contra o Brasil e defender a anistia para seu pai e aliados envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
A presença de Eduardo na Casa Branca durante o julgamento reforça a estratégia de internacionalizar o caso, buscando apoio de Trump, que já classificou o processo como perseguição política e caça às bruxas.
Desde julho, quando Trump (@realdonaldtrump ) anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, Eduardo (@bolsonarosp ) e o comunicador Paulo Figueiredo têm se reunido com figuras do governo americano, como congressistas republicanos e membros do Departamento de Estado, para apresentar dossiês contra o STF, especialmente o ministro Alexandre de Moraes.
A ofensiva visa pressionar o Congresso brasileiro a aprovar uma anistia ampla.
Diário 360/Foto: Reprodução/X
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Maduro aparece fardado e fala em ‘defender a soberania’ após chegada de navios dos EUA
29/08/2025
Foto: Presidência da Venezuela via REUTERS
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, apareceu de farda militar ao visitar tropas na quinta-feira (28), mesmo dia em que navios de guerra dos Estados Unidos começaram a chegar no sul do Caribe, próximo da costa da Venezuela.
Maduro falou em “defender a paz e a soberania nacional” em meio a crise com o governo de Donald Trump e disse que o governo da Colômbia se uniu aos esforços dos venezuelanos para reforçar a segurança na fronteira.
“Hoje posso dizer, depois de 20 dias seguidos de anúncios, ameaças, guerra psicológica, 20 dias de cerco contra a nação venezuelana, que hoje estamos mais fortes que ontem, mais preparados para defender a paz, a soberania e a integridade territorial do que ontem — muito mais”, afirmou o líder venezuelano.
As tensões entre os governos Trump e Maduro aumentaram com a chegada de navios de guerra dos EUA ao sul do Caribe na quinta-feira, e a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, prometer usar “toda a força” contra o regime venezuelano e deixar no ar a possibilidade de um ataque. O governo Trump enviou oito embarcações, incluindo sete navios e um submarino nuclear, e o restante deles deve chegar nos próximos dias.
Maduro também elogiou o presidente colombiano, Gustavo Petro, pelo envio de 25 mil soldados para reforçar a segurança na região de Catatumbo, uma área estratégica na fronteira compartilhada entre os dois países.
Do g1
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Justiça da Itália mantém Carla Zambelli presa enquanto espera processo de extradição
28/08/2025
Imagem: reprodução/TV Globo
A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira (28) que a deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) continuará presa em Rebibbia, na Itália.
A parlamentar tentava responder ao processo em prisão domiciliar, em um apartamento nos arredores de Roma.
O sistema judiciário italiano avaliou que há “alto perigo de fuga” e definiu que o processo de extradição da brasileira, que pode durar ainda meses, terá prosseguimento.
Com a manutenção da prisão, a parlamentar segue respondendo ao processo de extradição que pode trazê-la de volta ao Brasil. Atualmente, o processo está no Ministério do Interior, equivalente ao Ministério da Justiça do Brasil.
Uma audiência na manhã de quarta-feira (27) foi realizada por um juiz italiano. Participaram a defesa de Zambelli e um representante do governo brasileiro, responsável pelo pedido de extradição.
Na audiência de quarta-feira (27), os advogados de Zambelli alegaram fragilidade de saúde da parlamentar e afirmaram que ela é alvo de um processo de perseguição política.
CNN Brasil
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Tragédia com brasileiros na Grécia: Conversa deve ajudar investigação
27/08/2025
Foto: Reprodução
O ator e criador de conteúdo adulto Ryan Silveira e o amigo Yago Campos, brasileiros encontrados desacordados em uma banheira de um hotel de luxo na ilha de Mykonos, na Grécia, conversaram com a família “minutos antes” da tragédia. A informação foi confirmada pela irmã de Ryan, na terça-feira (26), que diz ter feito uma chamada de vídeo com a dupla.
Yago Campos morreu após o incidente, no sábado (23), e Ryan Silveira recuperou a consciência após um coma e segue hospitalizado. Maine Silveira, irmã do brasileiro sobrevivente, disse que o irmão não se recorda do que aconteceu e que só soube da morte do amigo na terça (26), três dias após o ocorrido.
Segundo ela, um print tirado durante a chamada de vídeo será fornecido aos investigadores, o que pode ajudar na apuração do caso.
“Eu falei com eles minutos antes. Eles estavam felizes, iam para uma festa. Inclusive, o print que eu tenho pode ajudar na investigação. Esse print vai ajudar no horário que eles ainda estavam na piscina e bem. Agora, é rezar para ficar tudo bem e ele conseguir vir embora logo”.
Maine ainda destacou que as famílias aguardam os resultados da autópsia e perícia do local. Familiares dos envolvidos também pediram para que notícias falsas sobre a confirmação da causa da morte de Yago e sobre o estado de saúde de Ryan parem de ser veiculadas.
O incidente
O incidente ocorreu na praia de Ornos, uma das mais famosas de Mykonos. Uma funcionária da equipe de limpeza notou água escorrendo do quarto e acionou colaboradores do hotel, que encontraram os jovens inconscientes na banheira.. Yago teve a morte confirmada por paramédicos no local.
Segundo Thamyris Campos, irmã de Yago, até o momento não há esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte do irmão. “Ninguém viu o Yago, ninguém sabe nada sobre a causa da morte ou sobre o estado dele”.
“A única coisa dita foi que o Ryan estava com alguns machucados no rosto e alguns sinais de sangue nas unhas. Não existe nenhuma informação sobre meu irmão Yago. Até agora ninguém o viu, então não sabemos de nada até o momento!”, afirmou.
O caso está sob investigação das autoridades gregas, enquanto familiares aguardam mais detalhes oficiais.
CNN
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Rússia ataca regiões da Ucrânia e deixa 100 mil sem energia, diz Zelensky
27/08/2025
Foto: Reprodução
A Rússia lançou um ataque massivo com drones contra a infraestrutura de transporte de energia e gás em seis regiões ucranianas durante a noite, deixando mais de 100 mil pessoas sem energia, informaram autoridades ucranianas nesta quarta-feira (27).
As forças russas danificaram significativamente a infraestrutura de transporte de gás na região de Poltava e atingiram equipamentos em uma das principais subestações da região de Sumy, informou o Ministério da Energia no aplicativo de mensagens Telegram.
Os ataques deixaram mais de 100 mil pessoas sem energia nas regiões de Poltava, Sumy e Chernigov, informou o presidente ucraniano, VolodymyrZelensky.
As principais instalações de produção de gás da Ucrânia estão localizadas nas regiões de Poltava e Kharkiv. A região de Kharkiv também foi atingida durante a noite, assim como as regiões de Zaporizhzhia e Donetsk, informou o Ministério da Energia.
Nas últimas semanas, a Rússia intensificou os ataques à infraestrutura de produção e importação de gás ucraniana, apesar dos esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para encerrar a guerra na Ucrânia.
“Consideramos os ataques russos como uma continuação da política deliberada da Federação Russa de destruir a infraestrutura civil da Ucrânia antes d da temporada de aquecimento”, afirmou o Ministério da Energia.
A Ucrânia enfrenta uma grave escassez de gás desde que os ataques com mísseis russos no início deste ano provocaram uma queda de 40% na produção.
O Ministério da Energia da Ucrânia informou na semana passada que instalações de energia foram atacadas 2.900 vezes desde março de 2025.
O ataque à região de Poltava cortou temporariamente o fornecimento de energia aos consumidores, que já foi restabelecido, disse o governador VolodymyrKohut em um comunicado no aplicativo de mensagens Telegram.
A Força Aérea Ucraniana afirmou ter derrubado 74 drones dos 95 lançados pela Rússia durante a noite, e que 21 deles atingiram nove locais em todo o país.
CNN
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Diretora do Banco Central dos EUA desafia Donald Trump e diz que fica no cargo
27/08/2025
Foto: Reprodução
A diretora do FED (Federal Reserve), o Banco Central, dos Estados Unidos garantiu que não sairá do cargo após ser demitida por Donald Trump nessa segunda-feira (25). Ela afirmou que o republicano não tem autoridade suficiente para dispensá-la. Lisa Cook já havia resistido à pressão da Casa Branca para renunciar.
Em comunicado divulgado por seu advogado Cook afirmou que “não há motivo legal” para a demissão anunciada por Trump. “Vou continuar a cumprir minhas funções para auxiliar a economia americana, como venho fazendo desde 2022”, complementou a diretora do FED.
Lisa Cook votou a favor da manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos. Ela foi uma das integrantes favoráveis a permanência da taxação entre 4,25% e 4,5% no ano, com a pressão do presidente norte-americano se voltando contra a diretora depois da última reunião da autoridade monetária.
Entenda o caso
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nessa segunda-feira (25) a demissão de Lisa Cook, diretora do conselho de governadores do Federal Reserve (Fed). A decisão foi comunicada por meio das redes sociais do republicano e teve efeito imediato. O anúncio amplia a pressão de Trump sobre a instituição, responsável pela política monetária do país.
Em carta direcionada a Cook, Trump afirmou que não confia na integridade da economista, mencionando uma denúncia criminal que aponta supostas irregularidades em contratos de hipoteca. O documento, publicado publicamente pelo presidente, alegava que a diretora poderia ter cometido fraude hipotecária.
Cook foi a primeira mulher negra a integrar a diretoria do Fed. A economista havia declarado na semana passada que não tinha a intenção de renunciar, mesmo após o presidente afirmar que iria demiti-la caso ela não deixasse o cargo de forma voluntária. A decisão, confirmada nesta segunda, interrompe a sua trajetória no comando da política monetária norte-americana.
No comunicado, Trump afirmou que existem “motivos suficientes” para acreditar que Cook fez declarações falsas em contratos distintos. Segundo ele, a diretora teria indicado uma propriedade em Michigan como residência principal e, duas semanas depois, assinado outro documento declarando que uma casa na Geórgia seria sua moradia oficial no ano seguinte. Para o presidente, essa conduta caracteriza negligência grave e compromete a confiabilidade da integrante do Fed.
O republicano justificou a medida amparado no Artigo II da Constituição dos Estados Unidos e no Ato do Federal Reserve de 1913, que prevê a possibilidade de destituição de membros do conselho “por justa causa”.
Band News
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Enorme tempestade de poeira cobre cidade nos EUA
27/08/2025
Foto: Reprodução/@asuFotebol
Uma enorme tempestade de poeira engoliu partes da área metropolitana de Phoenix, no estado americano do Arizona, na noite desta segunda-feira (25), deixando a cidade com visibilidade quase zero.
O fenômeno, conhecido meteorologicamente como haboob (um tipo intenso de tempestade de areia levada por uma frente de ar) foi rapidamente seguido por fortes chuvas que devastaram a cidade, deixando para trás árvores caídas, danos causados ??pelo vento e cortes generalizados de energia.
No Aeroporto Phoenix Sky Harbor, uma ponte foi destruída por rajadas de vento de 112 km/h.
CNN Brasil
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Trump mostra interesse em dialogar ao evitar citar Lula, diz analista
26/08/2025
Foto: Kevin Lamarque/Reuters
A conferência anual do Americas Society/CounciloftheAmericas estava marcada há alguns meses para, a exemplo de outros anos, discutir a importância do comércio bilateral de Brasil e Estados Unidos. Neste ano, com as relações abaladas pela sobretaxa de 50% do segundo sobre o primeiro, o encontro ganhou outro peso.
“É um momento delicado na relação bilateral, está difícil mesmo. Mas acho que tem um forte interesse em explorar como seria um plano de saída, uma estratégia para tentar, se não resolver, talvez melhorar as condições de negócios entre os dois países”, diz Brian Winter, vice-presidente executivo da entidade que representa empresas com atuação em toda a América Latina.
Na avaliação dele, apesar do tensionamento causado pela imposição do tarifaço, o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, dá sinais de estar aberto ao diálogo com o Brasil. Um desses indicativos vem do fato de o americano não citar nominalmente o brasileiro ao ser referir ao país.
“Em todas as postagens do presidente Trump, ao longo dos últimos meses, ele praticamente não mencionou o presidente Lula. O foco dele tem sido o ministro Alexandre de Moraes. Eu acho que isso é intencional e mostra o interesse em dialogar, em poupar talvez esse canal para eventualmente dialogar”, afirma.
“Acho que essa omissão [em citar] o presidente Lula, de poupar ele da retórica, indica a possibilidade de algum tipo de diálogo.”
A leitura sobre as intenções de Trump deve ser vistas com ressalva, diz Winter. “Todos nós viramos psicanalistas de Donald Trump ao longo dos últimos dez anos tentando interpretar as mensagens do presidente”, avalia. “Eu posso afirmar que tem interesse, em Washington, de dialogar com o governo brasileiro. Pode não ser hoje, mas eles querem ver algum tipo de diálogo.”
Winter vê como possível um caminho de diálogo que tenha outros pontos de partida, trazendo à conversa temas que também são de interesse dos Estados Unidos, como o tratamento dispensado às big techs, a exploração de minerais críticos e terras raras e uma ajuda do Brasil no enfrentamento do que ele considera ser um desafio imigratório envolvendo cidadãos venezuelanos e haitianos.
Esse diálogo esteve muito perto de começar, mas foi prejudicado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deve ser novamente contaminado caso ele seja preso, algo que pode acontecer já no mês de setembro.
Se isso se confirmar, avalia Winter, outras medidas sancionadoras podem afetar o Brasil. Trump citou a situação judicial de Bolsonaro e citou mais de uma vez em entrevistas e publicações em redes sociais o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, está nos Estados Unidos e tem trabalhado por sanções ao país como forma de pressionar o judiciário brasileiro por uma anistia no processo que julga a participação de Bolsonaro nos atos golpistas de 8 de janeiro.
Essa atenção dedicada, por Trump, ao ministro Moraes diferencia o Brasil e outros parceiros comerciais cujas relações com os Estados Unidos estão abaladas por tarifas protecionistas. Ainda assim, o vice-presidente do CounciloftheAmericas, o caso do México merece observação.
“Nós achávamos, em algum momento, também que a relação entre a Claudia Sheinbaum, a presidente do México, e Donald Trump seria quase impossível”, diz.
Os problemas nas relações entre ambos eram muitos. As questões imigratórias, o déficit comercial. Trump chegou a ameaçar o país vizinho de uma ação militar para enfrentar cartéis de drogas. “Ela fez um equilíbrio difícil entre uma clara mensagem sobre a soberania nacional mexicana, mas também de entender os interesses dos Estados Unidos e tentar atender onde foi possível.”
VolodimirZelenski, presidente da Ucrânia, é outro lembrado por ele, depois da desastrosa reunião na Casa Branca em fevereiro. “Parecia que a relação tinha acabado. Mas não acabou.”
“Ela [Claudia Sheinbaum] conseguiu e acho que outros líderes do mundo também conseguiram. E é um caminho. Pelo amor de Deus, não é fácil, mas também não é impossível.”
Winter será, nesta terça (26), o anfitrião da conferência do Councilof The Americas em São Paulo, realizado com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e da qual participarão representantes de grandes empresas brasileiras e americanas com negócios lá e cá.
“Em tempos difíceis, o setor privado sempre precisa fazer o papel para dar ênfase na importância da relação bilateral”, diz o jornalista e analista político. Ele lembra que pelo menos 7.000 empresas brasileiras exportam para os Estados Unidos. As multinacionais e empresas americanas têm US$ 90 milhões em estoque de investimentos diretos. “É muito dinheiro, inclusive para a economia americana.”
Na avaliação dele, é importante também que fique clara a importância do Brasil para o Sul Global, não apenas no sentido comercial. “Acho que o governo [americano], a Casa Branca, reconhece essa importância e por isso a preocupação sobre temas como as big techs, por exemplo. Não é só o mercado brasileiro que tem peso aí. Eles sabem que o Brasil tem essa capacidade de ser um trendsetter em várias coisas.”
Nas discussões na Fiesp nesta terça estão previstas as participações do ministro Mauro Viera, das Relações Exteriores, e de Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços). O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, deve participar por videoconferência.
Da iniciativa privada, participarão de uma mesa sobre investimentos e integração LandonLoomis, presidente da Boeing para América Latina e Caribe, Jennifer Prescott, diretora de Políticas Públicas da AWS (Amazon Web Services), Alejandro Anderlic, direitor de Relações Governamentais e Exteriores para América Latina na Salesforce, Juliana Villano, diretora de Relações Institucionais da Embraer e Gilberto Tomazoni, CEO Global da JBS.
Brian Winter discutirá as perspectivas dos Estados Unidos sobre a Relação Bilateral com o diplomata Tom A. Shannon Jr, ex-embaixador dos EUA no Brasil e ex-subsecretário de Estado para Assuntos Políticos.
Folha de S.Paulo
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Níquel brasileiro é vendido por US$ 500 milhões à China, enquanto concorrente europeu afirma ter ofertado quase o dobro
25/08/2025
Foto: Reprodução
Níquel brasileiro entra no centro de disputa bilionária na geopolítica global. Venda de minas em Goiás e no Pará para a estatal chinesa MMG acende alerta em EUA e Europa e coloca o níquel brasileiro no epicentro da transição energética.
O níquel brasileiro deixou de ser apenas um ativo mineral e passou a ocupar espaço estratégico na geopolítica global. A venda da operação da Anglo American em Goiás para a estatal chinesa MMG, avaliada em US$ 500 milhões (R$ 2,7 bilhões), desencadeou uma disputa que envolve interesses de China, Estados Unidos, União Europeia e concorrentes privados.
Segundo a Folha de S. Paulo, a transação inclui as plantas de Barro Alto e Niquelândia (GO), além de projetos em Pará e Mato Grosso, ampliando a presença chinesa em um setor vital para baterias e a transição energética mundial.
O que está em jogo com o níquel brasileiro
O níquel é considerado minério crítico para a produção de aço inoxidável e baterias de carros elétricos. Com a corrida global por tecnologias limpas, o controle sobre reservas estratégicas se tornou prioridade para as maiores potências.
A China já domina o refino mundial de níquel, cobalto e terras raras, mas ainda depende de minas estrangeiras para alimentar sua indústria. Por isso, a compra das jazidas brasileiras fortalece o domínio de Pequim sobre 60% da oferta global, segundo contestação da concorrente holandesa Corex Holding.
A disputa entre China e concorrentes europeus
A Corex Holding, controlada pelo bilionário turco Robert YükselY?ld?r?m, afirma que ofereceu US$ 900 milhões (R$ 4,9 bilhões) quase o dobro do valor pago pelos chineses e mesmo assim perdeu a disputa. A empresa questiona a lisura do processo e acionou o Cade no Brasil e a Comissão Europeia em Bruxelas.
Click
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Líder do Irã rejeita negociação direta com EUA: “Problemas insolúveis”
25/08/2025
Foto: Handout
Após mais de 24 dias de ausência do cenário político, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, apareceu em público nesse domingo (24/8) para mais uma vez rejeitar qualquer negociação direta com os Estados Unidos e pedir unidade diante do que descreveu como esforços dos EUA para “subjugar” seu país.
O líder iraniano compareceu à mesquita de sua residência no centro da capital Teerã. Em seu discurso, o aiatolá Ali Khamenei afirmou que defender negociações diretas com Washington era uma ideia superficial, porque, segundo ele, os EUA teriam a intenção de comandar o país.
“Aqueles que dizem ‘por que vocês não negociam diretamente com os Estados Unidos para resolver seus problemas?’ estão apenas enxergando a superfície. Nossos problemas são insolúveis. Os norte-americanos querem que o Irã esteja sob seu comando”, disse Ali Khamenei.
Seus comentários, publicados em seu site oficial, estão entre suas raras declarações desde o cessar-fogo anunciado por Washington em 24 de junho, que encerrou uma guerra de 12 dias entre Israel e Irã.
O país ainda enfrenta uma instabilidade depois do fim do conflito, que matou mais de mil pessoas e envolveu confrontos armados com Israel e Estados Unidos, culminando na destruição das principais instalações nucleares iranianas.
Pressão de países europeus
A posição do aiatolá surge no momento em que França, Alemanha e Reino Unido afirmaram que poderão acionar o mecanismo de “snapback” se o Irã não retomar as negociações com os EUA até o final de agosto, bem como sua cooperação com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O mecanismo permite o restabelecimento de todas as sanções da ONU contra o Irã, suspensas há dez anos pelo acordo nuclear de 2015. Mas, por enquanto, Teerã não dá sinais de ceder.
O risco de um retorno das sanções da ONU é muito alto, visto que o Irã vive uma situação econômica catastrófica, com inflação anual superior a 50%.
Metrópoles
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Funcionários públicos, donas de casa, aposentados: Venezuela intensifica alistamento para enfrentar eventual invasão dos EUA
25/08/2025
Fotos: Pedro Mattey/AFP
Funcionários públicos, donas de casa, aposentados. Milhares de pessoas se alistaram neste sábado nas forças militares da Venezuela, para combater uma eventual invasão dos Estados Unidos.
O ditador Nicolás Maduro pediu a abertura do registro da Milícia Bolivariana, um corpo formado por civis, integrado às Forças Armadas, e que os críticos do presidente afirmam ter um alto componente ideológico. Também representa uma demonstração de força perante o que Maduro considera ser uma ameaça ao seu poder.
Três navios militares vão se posicionar em águas internacionais diante da costa da Venezuela, no que os Estados Unidos afirmam se tratar de operações de combate ao narcotráfico. A Milícia montou centros de registro em praças e prédios militares e públicos, entre eles o palácio presidencial, em Caracas.
“Você já serviu antes?”, perguntou uma miliciana uniformizada a Óscar Matheus, que aguardou pacientemente na fila. “Estou aqui para servir ao nosso país”, disse à AFP esse auditor, de 66 anos. “Não sabemos o que pode acontecer, mas temos que nos preparar e continuar resistindo. A pátria nos chama, o país precisa de nós”, expressou RosyParavabith, de 51.
‘Viva a pátria!’
Batizadas de bolivarianas por Chávez, as Forças Armadas venezuelanas não escondem sua politização. “Chávez vive!” é hoje sua saudação oficial. Não está claro com quantos efetivos essas forças contam. Em 2020, elas possuíam cerca de 343 mil integrantes, segundo o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS), um tamanho semelhante às do México (341 mil) e superado na América Latina apenas por Brasil (762 mil) e Colômbia (428 mil).
No entanto, Maduro afirmou nesta semana que somente a Milícia contava com mais de 4,5 milhões de soldados.
“Estou me alistando pela Venezuela, viva a pátria!”, gritavam voluntários após se registrarem. Policiais e milicianos da reserva compareceram para reafirmar seu compromisso.
Do Quartel da Montanha, pode-se observar Caracas em sua totalidade. Trata-se de um antigo museu militar onde Hugo Chávez coordenou sua tentativa de golpe de Estado em 1992. Uma vez registrados, os voluntários passam para uma sala onde é exibido um documentário sobre o bloqueio imposto por nações europeias à costa venezuelana entre 1902 e 1903, após a recusa do então presidente, Cipriano Castro, em pagar a dívida externa.
Na sala seguinte, parte do armamento está exposto. Um tenente do Exército explica, em linguagem técnica, o alcance e o espaço onde cada arma pode ser usada, e com qual objetivo.
Os Estados Unidos já haviam enviado tropas para o Caribe. Mas, desta vez, isso coincide com o aumento da recompensa por Maduro e com a acusação que ele recebeu de liderar um suposto grupo do narcotráfico batizado de Cartel dos Sóis, que o presidente americano classificou como organização terrorista.
Maduro afirma que a mobilização é “imoral, criminosa e ilegal” e busca “uma mudança de regime”. Nas ruas da Venezuela, o tema surge em meio a piadas e preocupação, embora especialistas considerem distante o cenário de uma operação direta dos Estados Unidos contra o país.
“Vamos defender esta pátria até o nosso último suspiro”, afirmou o ministro da Defesa, Vladimir López, ao canal estatal VTV.
A oposição pediu que a população não se aliste. Mas, nas filas, havia voluntários de todas as idades.
“Quero treinar para defender a pátria”, disse JesúsBórquez, de 19 anos. “Sei que, por causa da minha idade, não vou pegar em um fuzil, mas estou disposta a ajudá-los”, afirmou Omaira Hernández, de 78 anos.
Com informações de O Globo
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