MP do RJ encerra órgão que investiga rachadinhas; funções vão para grupo de combate ao crime organizado
Publicado em: 04/03/2021
Eduardo Gussem (E) cumprimenta seu sucessor no MPRJ, Luciano Mattos — Foto: Reprodução/MPRJ
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) determinou nesta quarta-feira (3) o fim do Grupo de Atuação Especializada e Combate à Corrupção (Gaecc). Esse núcleo especializado investigou, entre outros casos, a suspeita de rachadinhas de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Uma resolução assinada pelo procurador-geral de Justiça do RJ, Luciano Mattos, revoga outra, de 2016, que havia criado o Gaecc.
A decisão, publicada no Diário Oficial do MPRJ desta quinta-feira (4), determina que os trabalhos do Gaecc vão para um departamento a ser criado no Grupo de Atuação Especializada e Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
O G1 apurou que a reorganização dos grupos de atuação do MPRJ tira, na prática, autonomia dos membros do Gaecc, pois todos agora terão que se submeter à direção do Gaeco.
Caberá ao coordenador do Gaeco, por exemplo, autorizar a abertura de procedimentos.
Já nesta quinta-feira, Mattos citou 41 inquéritos envolvendo o Gaecc que vão para o novo núcleo.
A resolução especifica que o novo núcleo no Gaeco “atuará no combate às milícias, ao tráfico de drogas e à lavagem ou ocultação de bens”. Também ficará responsável por investigar crimes contra a administração pública, como os relacionados a licitações.
No final de 2020, 21 dos 22 promotores do grupo foram exonerados.
G1
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