RN fecha ano de 2020 com saldo positivo de empregos

Publicado em: 29/01/2021

Mesmo em um ano de forte restrições das atividades econômicas impostas pela pandemia do novo coronavírus, o mercado de trabalho no Rio Grande do Norte fechou positivo na geração de vagas. No acumulado, de janeiro a dezembro de 2020, o Estado registrou a abertura líquida de 1.769 vagas formais de emprego, resultante de 137.454 admissões e 135.685 demissões. Esse saldo, no entanto, ficou 52,71% abaixo do registrado em 2019, que foi de 3.741 empregos com carteira assinados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgado nesta quinta-feira (28), pelo Ministério da Economia.

A situação do emprego começou a melhorar no RN, a partir de junho. Antes, de janeiro a maio, o saldo liquido de vagas foi negativo em todos os meses, com altas de demissões nos meses de março (-2.707); abril (-9.749) e maio (-3.837). De junho a dezembro, houve melhora com pico na geração de postos formais de até 5.884 no mês de agosto; 4.560 em setembro; 4.734, em outubro e 4.559 em novembro.

De acordo com os dados, os setores de Comércio e Construção Civil, que juntos somam um estoque de 144.872 empregos, puxaram a geração líquida de vagas. No comércio, que teve maior saldo entre os cinco setores pesquisados, o número de contratações com carteira assinada superou o de as demissões em 2.223, resultante de 33.686 admissões no setor, contra 31.463 demissões. Na Construção, foram 21.481 admissões contra 20.013 desligamentos, o que gerou um saldo de 1.468.

Nos outros três setores, Serviços, Indústria e Agropecuária o resultado foi negativo com fechamento de 1.922 postos de trabalho no ano passado. O destaque foi para o ramo de Serviços, que fechou 1.664 vagas, fechando com um estoque de 198.206 empregos.

No comparativo do RN com os demais estados brasileiros, o saldo positivo verificado em 2020 é o segundo menor do País, acima apenas do registrado no Amapá (+1.005). Na região Nordeste, além do RN, outros quatro estados tiveram saldo líquido positivo: Maranhão (+19.753); Ceará (+18.546); Paraíba (+5.152) e Alagoas (+4.595). No computo dos nove estados, o Nordeste criou 34.689 postos formais ao longo do ano passado.

Resultado de dezembro

Após seis meses de criação líquida de vagas, o mercado de trabalho potiguar interrompeu em dezembro a sequência de recuperação no emprego formal. No último mês do ano foram fechadas 853 vagas com carteira assinada, decorrente de 10.944 admissões e 11.797 desligamentos, de acordo com os dados do Caged. Esse, no entanto, foi o melhor resultado para o mês desde 2006, quando foram fechadas 1.837 vagas formais. Em dezembro de 2019, houve o fechamento de 3.133 postos com carteira assinada. Tradicionalmente, os desligamentos costumam superar as contratações no último mês do ano.

No País, após cinco meses de criação líquida de vagas, 67.906 vagas com carteira assinada foram fechadas no mês passado, e resultado foi o melhor para o mês desde 1995, segundo o Ministério da Economia. O resultado de dezembro decorreu de 1.239.280 admissões e 1.307.186 demissões. Em dezembro de 2019, houve o fechamento de 307.311 vagas com carteira assinada. No último mês do ano, o resultado médio no Caged é negativo em 370 mil vagas.

No mês passado, 17 Estados registraram resultado negativo e apenas dez tiveram saldo positivo. O melhor resultado foi registrado no Rio de Janeiro com a abertura de 6.977 postos de trabalho. Já o pior desempenho foi o de São Paulo, que registrou o fechamento de 39.970 vagas.

No País, mesmo com o fechamento de vagas em dezembro, o Caged encerrou 2020 com um resultado positivo em 142.690 vagas. O desempenho confirmou a expectativa do ministro da Economia, Paulo Guedes, de encerrar o ano marcado pela pandemia de covid-19 sem uma destruição líquida de empregos formais.

Guedes comparou os resultados do mercado de trabalho formal de 2020 – ano marcado pela pandemia de covid-19 – com os resultados dos anos de 2015 e 2016, também afetados por uma recessão. “Em 2015, em uma recessão autoimposta, perdemos 596 mil empregos em dezembro. Em dezembro de 2016, ainda em uma recessão causada por erros de política econômica, foram destruídos 462 mil empregos”, comparou. “Em 2015 foram fechadas 1,5 milhão de vagas e em 2016 foram destruídos outras 1,3 milhão de empregos”, acrescentou.

Nos quatro meses de auge da pandemia de covid-19 – de março até junho, o Caged registrou 1,618 milhão de demissões líquidas. Já entre julho e dezembro, 1,418 milhão postos formais foram recriados. O resultado do mercado de trabalho em 2020 foi o melhor desde 2017, quando houve o fechamento de 20 mil vagas com carteira assinada.

 

TRIBUNA DO NORTE

 




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