Secretário de Saúde diz que todos estados foram vítimas na compra de respeitadores e não justifica criminalizar a gestão

Publicado em: 02/07/2020

                                                      Foto: Adriano Abreu

 

Durante videoconferência em sessão especial da Assembleia Legislativa na tarde desta quinta-feira (2), o secretário de Estado da Saúde Pública, Cipriano Maia afirmou que “não justifica criminalizar a gestão” e “está claro que todos os estados da região foram vítimas da empresa HempShare”. A sessão foi convocada para que o secretário pudesse prestar esclarecimentos sobre a participação do Governo do RN na compra de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste.

Falando sobre sua idoneidade, Cipriano Maia disse que zela pelo dinheiro público muito melhor do que o próprio dinheiro. “Meu salário eu posso desperdiçar se quiser, mas o dinheiro público não. Essa tem sido minha atitude por quase dez anos de gestor, na Universidade Federal do RN , quanto no Ministério da Saúde. Prova disso é que não respondo a nenhum processo. Quero deixar claro que estamos apoiando os municípios em ações interfederativas não estamos preocupados por disputa partidária, isso poderemos deixar para outro momento”, finalizou o secretário Cipriano Maia.

O secretário também comentou e fez críticas sobre a participação do governo federal no combate ao coronavírus, “a União, até então não havia se disponibilizado a apoiar os estados na compra de respiradores, e cada um teve que resolver por si só esse problema da falta de unidade e cooperação. O próprio ministro Mandetta, responsável pela condução do SUS em âmbito nacional, anunciou que alocaria 2 mil leitos de UTI para serem distribuídos nos estados. O ministro deixou o cargo e apenas 10 desses leitos chegaram ao Rio Grande do Norte”.

Cipriano Maia disse que a compra frustrada dos respiradores não inviabiliza a parceria com o Consórcio Nordeste. “Na Saúde não temos nenhuma operação em curso com o consórcio, mas esse é um instrumento fundamental e já trouxe bastante economia para o Estado na compra de medicamentos da ordem de 30%. Por isso, é importante a cooperação tanto entre estados, quanto entre estados e municípios e outras formas associativas de gestão para potencializar recursos públicos e vencer dificuldades”, disse o secretário.

 




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