31 PMs são presos sob suspeita de elo com tráfico de drogas no interior de SP

Publicado em: 14/08/2018

                           

Corregedor da PM-SP Marcelino Fernandes, que comandou a operação “Tio Genésio”. Foto: Divulgação/PM

 

Operação do MP (Ministério Público) e da Corregedoria da Polícia Militar prendeu, na manhã desta terça-feira (14), 31 policiais militares suspeitos de terem ligação com o tráfico de drogas na região de Campinas, no interior de São Paulo. Além dos militares, outras seis pessoas foram detidas.

Os mandados de prisão temporária, de 15 dias, foram expedidos pela Justiça Militar e pelo juiz Nelson Augusto Bernardes de Souza, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Campinas. Um policial, que está de férias, ainda é procurado.

O objetivo da ação, segundo a Promotoria, é “obter mais elementos acerca de organização criminosa, responsável por movimentar, mensalmente, quantia próxima de R$ 150 mil”. Os nomes dos policiais não foram divulgados. Eles devem ficar detidos no presídio militar Romão Gomes, na zona norte da capital paulista.

MP e Corregedoria afirmam que não há relação entre os PMs detidos nesta terça e a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), uma vez que o indício é de que o envolvimento seja com a venda independente de drogas.

O corregedor da PM, coronel Marcelino Fernandes, afirmou que, durante a ação, dois líderes do tráfico local, sendo um homem e uma mulher, foram detidos e apresentados à Justiça.

Em nota, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) confirmou que os policiais detidos “exigiam e recebiam vantagem indevida dos traficantes de drogas com o objetivo de não adotarem as providências legais, passando a subsidiá-los por meio do fornecimento de informações a respeito de operações policiais”.

A operação foi batizada como “Tio Genésio”. Segundo o MP, o nome é o mesmo do grupo de WhatsApp pelo qual os envolvidos se comunicavam.

Segundo a Corregedoria, o trabalho de investigação teve início em janeiro deste ano. Participaram da operação para prender os envolvidos 320 PMs e homens do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MP.

 

UOL

 




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