Portugal e Espanha empatam em jogo espetacular: 3 a 3; Cristiano Ronaldo assume artilharia da Copa com hat-trick

Publicado em: 15/06/2018

                               Foto: Hannah Mckay/Reuters

 

Cristiano Ronaldo, 33, mostrou novamente porque é candidato para ganhar o prêmio de melhor jogador do mundo pela sexta vez na carreira. Com três gols, o camisa sete comandou a seleção portuguesa no empate diante da Espanha por 3 a 3, nesta sexta-feira (15), no estádio Olímpico de Sochi, pela primeira rodada do Grupo B.

Com os três gols marcados, o português chegou a seis em Copas do Mundo. Nos três mundiais anteriores que disputou, ele havia feito apenas três: em 2006 (contra o Irã), em 2010 (diante da Coreia do Norte) e em 2014 (contra Gana). Assim, igualou Pelé e os alemães Uwe Seeler e Klose, os únicos a marcarem gols em quatro mundiais consecutivos.

O atacante, que teve pela frente no início do jogo pelo menos três jogadores de seu atual time, o Real Madrid, foi decisivo nos principais momentos da partida. Logo aos 3 minutos, recebeu passe na intermediária, invadiu a área e foi derrubado por Nacho. Ele cobrou o pênalti com categoria e abriu o placar.

Nos acréscimos do primeiro tempo, quando a Espanha já havia empatado em belo gol do brasileiro naturalizado espanhol Douglas Costa e controlava a posse de bola, o português apareceu novamente e contou com a falha do goleiro De Gea, que não conseguiu segurar um chute da entrada da área.

Ele voltou a aparecer aos 43 minutos do segundo tempo, quando cobrou falta com categoria e colocou no ângulo para definir o placar da partida em 3 a 3. A Espanha havia empatado com o próprio Diego Costa, aos 9 minutos da etapa complementar, e virado pouco depois em um belo gol de Nacho, que finalizou de primeira de fora da área. A bola ainda tocou na trave antes de entrar.

Nas três oportunidades anteriores, Portugal alternou boas e más campanhas nos mundiais. Há quatro anos, foi eliminado na primeira fase em um grupo com Alemanha e Estados Unidos. Na África do Sul, parou na própria Espanha nas oitavas de final, enquanto na Alemanha ficou na quarta colocação.

Neste ano, o português já havia brilhado na campanha do Real Madrid na conquista da Liga dos Campeões. Ele terminou a competição com 15 gols –cinco a mais do que Salah, Mané e Firmino, todos do Liverpool, vice-campeão europeu.

Assim, ele se torna cada vez mais favorito para ganhar o prêmio de melhor do mundo pela sexta vez e passar o argentino Messi, que tem cinco conquistas.

Ele, porém, terá que levar a seleção portuguesa o mais longe possível neste mundial, provavelmente o seu último na carreira. O país tem como melhor desempenho a terceira colocação em 1966.

Já a Espanha, que era apontada como uma das favoritas ao título, manteve o seu estilo de valorizar a posse de bola e controlar o jogo. Quando a partida estava empatada por 1 a 1, Isco acertou uma bola no travessão, que tocou na risca e não entrou.

A seleção espanhola trocou de treinador dois dias antes da estreia. Na quarta-feira (13), a Real Federação Espanhola demitiu o técnico Julen Lopetegui, que estava invicto no cargo há 20 jogos. Ele foi demitido após não comunicar os dirigentes da entidade que havia acertado para assumir o Real Madrid após a Copa do Mundo.

No banco de reservas, ficou o ex-zagueiro Fernando Hierro, que exercia o cargo de diretor de seleções —mesma função de Edu Gaspar na equipe brasileira.

MELHOR JOGO

Apontado como o principal jogo da primeira fase antes de a bola rolar, Portugal e Espanha comprovaram a expectativa dentro de campo. Os espanhóis mantiveram o seu padrão de troca de passes e controle do jogo.

Já Portugal fez uma marcação no círculo central e mostrou um futebol agrupado entre a linha defensiva e o último homem do ataque. A marcação também foi sincronizada.

 

Folha de São Paulo

 

 




Faça o seu comentário